"(...)Todo o coração se lhe encheu
de um arroubado êxtase;
e seu arfado peito,
palpitando com violência, respirava apenas.
Imóvel, e com os olhos fitos, contemplava ele aquele astro
de consolação e
esperança.
E parecia-lhe que aquele raio de luz,
partindo do seio da noite, da habitação em que
existia toda a sua felicidade, lhe trazia alguma coisa (...)
Ah! não o duvidemos, através dos tempos e dos espaços,
as almas têm por vezes
algumas correspondências misteriosas .
Debalde o mundo real ergue as suas
barreiras entre dois seres
que se amam; habitantes do mundo ideal,
eles estão presentes na
ausência e unem-se(...)
Que podem, pois, influir as separações corporais,
as distâncias físicas sobre dois corações
ligados invencivelmente por um só pensamento,
por um só e comum desejo ? "
in "Han de Islândia" , Vítor Hugo
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