"(...) o espaço não é homogéneo(...) apresenta
roturas, quebras; há porções de espaço qualitativamente
diferentes das outras.
(...) forte, significativo(...) traduz-se pela experiência
de uma oposição entre o espaço(...)que existe realmente-
e tudo o resto, a
extensão informe que o cerca.
(...)
Na extensão homogénea e infinita onde não é possível
nenhum ponto de referência, e (...) onde orientação
nenhuma pode efectuar-se
(...) valor existêncial (...) nada pode começar, nada se
pode fazer , sem uma orientação prévia
(...) Para viver no mundo é preciso fundá-lo -
E nenhum mundo pode nascer do caos da homogeneidade
e da relatividade
(...) tudo o que não é o nosso mundo não é ainda um
mundo.
Não se faz nosso um território
senão criando-o de novo."
in "O sagrado e o profano", Mircea Eliade
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