12.4.05
"É a velocidade sem ter para onde ir"
empilhados
(...) rápido, não se demora demais
no desatino, nem no quase desespero
quase. Depois atirados para um canto
desta ou da outra casa, há esses corpos que não
se entendem: repetem-se mas não se ajustam.
(...) Tudo recomeça
e até a repetição é rápida
(...) como a força(...) que não sabe como viver e corre
(...) alguns vão morrer rapidamente, verás
(...) e ficarão guardados para que no futuro, no futuro-
lembras-te?- alguém julgue reconhecê-los, corpos(...)
consumidos rápido contra a parede.
(...) nesse tempo não havia isso: futuro(...)
Esta coisa é bruta e no entanto dançante. Rápido
e bruto, dança
(...)
o amor único que se repete(...)baloiçando, suspenso por
instantes atirando-se para a frente
(...)
em sentido contrário(...)
rima fora do lugar(...) o ricochete de uma bala entre corpos
(...) este aqui és tu
in "Rapazes"; "migrações do fogo", Manuel Gusmão
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