3.7.07

Diz-me o que lês, dir-te-ei quem és.

Gostava de poder dizer que li Flaubert, Proust, Dostoevsky, Nabokov, Tchékhov, Gogol e talvez agora os tão falados Paul Auster e Philip Roth. Ter lido a lombada do "l'education sentimentale", queimar horas a ver televisão na sala onde repousa "À la recherche du temps perdu", ter passado os olhos pelas primeiras seis ou sete páginas de "Um Sonho do tio" antes de ter começado a sonhar, ter lido metade de "O Dom" na praia enquanto ouvia "(...)eu não sei seu nom(i) nem seu telefon(i)(...)"(música brasileira), saber da presença (algures entalado entre livros que se amontoam sem respeito pelo próximo) de alguns livros com contos de Tchékhov, ter lido na casa de banho "O Nariz", O Diário de um louco" e cerca de dois quintos de "Almas mortas", saber que tenho amigos e conhecidos que devoram Paul Auster aos quilos, e que o meu arquitecto preferido leu no metro "The Plot Against America" e fez-me o favor de deixar em cima da mesa, a tapar as legendas da televisão, o "American Pastoral", não me dará o direito de falar "desta gente".


p.s. resposta ao j

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