21.8.07

(...)porque ao amar o espaço, no vosso rosto, aquele/passava a ser o espaço do universo(...)

(...)
prefiro um fantoche. É pleno. Quero
ficar ao pé do corpo do boneco e do cordel e do seu
rosto de aparência. Aqui. Diante de tudo.
Mesmo se as luzes se apagarem e me
disserem: acabou-, mesmo se do palco descer
o vazio numa corrente de ar soturno,
mesmo que nenhum dos meus silenciosos antepassados,
ali sentado, me não acompanhe, nenhuma mulher, nem
sequer o rapazinho de olhos castanhos e vesgos:
mesmo assim ficarei: Espectador pode ser-se sempre.

(...)

in A quarta Elegia; As Elegias de Duíno, Rainer Maria Rilke.

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