Empresa
Sedeado em Lisboa, admite 1 Arquitecto com 2 anos de experiência nas fases de Execução, Acompanhamento de Obra, em regime de Tempo Integral com vínculo Prestação de Serviços. Admissão Imediata. Preferência por candidatos da Zona de Lisboa. Pretende-se com exclusividade, aptidão comercial, criatividade, versátil. Domínio da Informática Office (Processador de Texto/ Folha de Cálculo), AutoCAD. Enviar Curriculum Vitae para: E-mail: inesmartins@marmorescentral.com.pt
Ora poderá até ser discutível falarmos de um regime de tempo integral (o que isto será? A lei do trabalho fala em não mais de 40 horas de trabalho semanais)num vínculo de prestação de serviços (embora tempo integral? O que se entenderá então por tempo integral?). Para nós o tempo é demasiado relativo. Muitas horas de trabalho... Mas se calhar o produto final é sempre independente das horas, porque é o mais relevante. O cliente só paga a satisfação, não paga a quantidade de horas improdutívas (quantidade não significa satisfação). Ora prestação de serviços já será completamente incompatível com a exigência de exclusividade. Ou seja mesmo que os queridos empregadores nos obriguem a "dormir e comer e coçar o rabo" quase 24 horas por dia na dita empresa, obrigar-nos a não produzir para outros ao abrigo da aclamada prestação de serviços é um bocadinho demais.
Mas espantem-se todos quando souberem de onde vem este querido anúncio.
Vão ali e voltem. Na secção de oferta de emprego.
Mas para que é que continuamos a pagar a estes senhores?
7 comentários:
Súcia de parasitas. Eu é que lhes arranjava trabalho - Como dizia o velho Lenine (de quem não sou grande fã)...
Já agoara:
http://encontrarportugal.blogspot.com/2006/02/gerao-mil-euros.html
Já agora, acrca da malfadada Ordem, temos aquilo que merecemos. Eu que nunca fiquei calado, já fui alvo de perseguições e "prejudicações".
Agora, já não me respondem aos mails.
Ah... - e se nos unissemos para, muito pura e simplesmente os mandar passear.. - mas não... começa com os putos que aceitam estagiar de borla a enfardar sacas e acaba... - sei lá onde... - tudo de olhos em bico, atrás da cenoura... Se calahar custava muito, ou custa muito dizer: Não trabalho sem condições ou nestas condições, e partir para outra até ver...
assim, acabando a "mama", talvez esses senhores acabassem, eles em vez de nós, esganados de fome...
Mas não, somos todos muito narcisistas, como dizia o outro "tudo mundo acha que pode ser poeta"... e todo o mundo vai na cantiga... e assim, perpétuamos e damos corpo a esquemas iníquos...
A médio prazo ando-me a prepara para lhes fazer a cama. tenho que criar condições. Mas depois... alguma coisa há-de poder ser feito, até porque existe muita gente descontente...
Já agora, acerca da malfadada Ordem, temos aquilo que merecemos. Eu que nunca fiquei calado, já fui alvo de perseguições e "prejudicações".
Agora, já não me respondem aos mails.
Ah... - e se nos unissemos para, muito pura e simplesmente os mandar passear.. - mas não... começa com os putos que aceitam estagiar de borla a enfardar sacas e acaba... - sei lá onde... - tudo de olhos em bico, atrás da cenoura... Se calhar custava muito, ou custa muito dizer: Não trabalho sem condições ou nestas condições, e partir para outra até ver...
assim, acabando a "mama", talvez esses senhores acabassem, eles em vez de nós, esganados de fome...
Mas não, somos todos muito narcisistas, como dizia o outro "tudo o mundo acha que pode ser poeta"... e todo o mundo vai na cantiga... e assim, perpértuamos e damos corpo a esquemas iníquos...
A médio prazo ando-me a preparar para lhes fazer a cama. tenho que criar condições. Mas depois... alguma coisa há-de poder ser feito, até porque existe muita gente descontente...
Se querem ver o que são ordens profissionais, vão por exemplo à<s pçáginas dos colégios dos arquitectos espanhois ou à do RIBA...
Só para prosseguir: as associações que referi, são exemplos de institições realmente preocupadas emnquadrar a prática e o exercício profissional, sem falsos corporativismos, e varrem tudo, de
sesde o ensino, a formação, o exercício e a prática profissional... o compromisso começa quando se inicia um ciclo de estudos... - Não são agremiações pseudoculturais que organizam "chás das tias" para promover sempre os mesmos tipos, os amigos enquanto se dedicam a congeminar como é que podem pôr os outros a quatro patas.
Ainda me lembro de um atelier em que trabalhei, com condições, claro, porque nunca na vida aceitei trabalhar sem condições e muito menos enquanto assalariado (mas note-se que trabalhei e trabalho mesmo muito e a sério, e, isso nem todos querem, existia lá uma publicação do colégio dos arquitectos da Galiza, muito organizada e sistematizada que parecia uma enciclopédia de edificações - tinha tudo - estruturas, instalações, iluminação, térmica acustica, paredes assim assado, frito e cozido, etc... - e note-se que isso é apenas a ponta do iceberg, porue, como é óbvio a Arquitectura não se resume a isso. Mas tudo issso é reflexo de alguma coisa - a Espanha é um país industrializado, que polémico ou não, constroi o Gugenhein de Bilbau dentroi do prazo e dos custos, nós somos um país em que os problemas estruturais ainda estão por resolver. A ordem, nesse capitulo, devia ser um parceiro e um promotor de desenvolvimento. Devia trabalhar com as universidades, com as instituiçõesw que fazem investigação, com os profissionais...
Note-se que ser arquitecto não é fácil em país nenhum. É sempre uma profissão muito exigente, trabalhosa, são sempre necessários muitos anos de estudoi e de trabalho, tenacidade, preseverança, etc.. a tal conversa da inspiração e da transpiração...
Agora, quando é o próprio "grémio" a minar tudo, a favorecer os preguiçosos e os instalados, etc...
Outra questão, e peço desculpa pelo relambório, que ainda por cima está pejado de gralhas, talvez, porque por vezes sou um bocado emocional quando tenho que me referir a estas coisas:
A nossa Ordem, que já foi uma associação (que tinha pelo menos a virtude de não chatear ninguém)ainda funciona muito assente numa determinada "cultura de atelier" que já não existe, pelo menos cá em Portugal. Será, a par das condições económicas e das ligadas aos nossos esquemas laborais mais ou menos precários que se verificam cá em Portugal, e não se verificam só na Arquitectura, verificam-se em muitas actividades com especial incidência naquilo que podemos designar por "industrias culturais" - as razões são comuns em todo o lado - há muita gente - mas com a diferença que lá fora não existem borlas, nem recibos verdes... - em contrapartida, rescinde-se um contrato de um dia para o outro - pode ser chato, mas é muito melhor - que levam os nossos jovens a procurar Herzogs e Meurons, as holandas etc...
Os nossos ateliers são na grossa maioria fábricas de aviar chouriços, aqueles que eram os velhos mestres, havia os senhores do Porto, com as suas linhagens, etc, e os de Lisboa, mesmo com todos os defeitos que isso possa ter - e basta ver as obras dos discípulos do Carrilho da Graça, por exemplo, - extinguiram-se reformaram-se ou já não funcionam nas mesmas condições...
O Siza, tem que fazer "Dumping" nos honorários (dele próprio, diga-se em abono da verdade)e é o primeiro a dizer que um atelier não é uma escola... - e depois, há os outros todos...
Que é que as pessoas vão aprender com esses gajos? - estamos no domínio da ficção... - esses gajos têm é que ter condições para remunerar condignamente as pessoas e é se querem alguma coisa... - Já não existe o "tio" Teotónio, nem o Manuel Vicente, nem o Victor Figueiredo, etc, nem há condições mais para pensar a prática de determinadas formas. O que se impinge nos nossos dias às pessoas é uma falácia. Basta ver o que o Byrne anda a fazer...
Ainda por cima, nos nossos dias, temos uma grande circulação de informação, quem quiser e for capaz de aprender tem muito onde ir beber e existe um vasto conjunto de realidades novas que precisavam de ser equacionadas...
Tenho a convicção, que, como em todas as áraes se trata de um problema de desnvolvimento do país, agravado pelo perpétuar de toda a sorte de interesses instalados e "encasquetados". E tudo também decorre de sermos submissos e acríticos.
Tenho para mim que as coisas irão ao sítio, com o tempo...
Entretanto andamos literalmente a espetar como gerações no caixote do lixo...
Era então quase a hora sexta, e toda a terra ficou coberta de trevas até à hora nona; escureceu-se o sol e rasgou-se pelo meio o véu do templo.
Bom fim-de-semana.
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